abril 09, 2008

Entre o belo e o amoral




Um jogo de futebol é composto por elementos fundamentais para que se realize e para uma apreciação satisfatória: os jogadores, os juizes, o gandula, o passe, o chute, o cruzamento, o arremesso lateral, o escanteio, o tiro de meta, o gol e a comemoração, contudo a um outro elemento que torna a apreciação deliciosa e imperdível: o DRIBLE.
O drible é um complemento belíssimo desde o surgimento dos primeiros passos do futebol. Quem driblar dá um show de bola e no campo acaba desconcertando os adversários. É através dele que muitos jogadores são enaltecidos e criticados nos gramados de o todo mundo. O mais recente drible que deixou o jogador adversário de queixo caído foi o do jogador do Vasco, Morais, acostumado a colocar os antagonistas em situações difíceis ele une bom futebol e simplicidade, coisas que tem que está presente em um jogo.
Como o drible é considerado como uma jogada de craque, que poucos jogadores sabem efetivar, causa polemica por ser considerado humilhante, de mau gosto para alguns e brilhante para outros. Muitos defendem que o drible é sempre bem vindo, já outros defendem que deve ser evitado para prevenir desentendimentos, principalmente, quando o drible partir do time que está ganhando.
Aqueles que defendem o fim dos dribles, com certeza não são adeptos ao futebol raiz do Brasil, contudo podem está sendo sensatos pensando em evitar confusões que ocorrem vez ou outra nos campeonatos pelo mundo. O drible causa a fúria dos adversários driblados, brigas e desentendimentos em campo e alvoroço nos torcedores.
Mais o quanto se deve conter uma boa jogada que contenha dribles e preservar o adversário, matando com isso o bom futebol? É preciso respeitar sim os adversários, mas não a ponto de matar uma bela jogada com o objetivo de não manchar o brio do time adversário, se fosse assim teríamos que decretar que o time que ganha não deve em hipótese nenhuma driblar.
Agora imagine como seria o futebol brasileiro sem a bicicleta de Leônidas, a arrancada do Fenômeno, a pedalada do Robinho, o elástico do Rivelino, os dribles de Denílson, do Robinho, do Edmundo e o quão sem graça seriam as lembranças do nosso mais famoso driblador, Garrincha. E o que nos diria o Morais que não joga sem driblar e como ficaria a pintura que vimos na semana passada e que estamos acostumados a apreciar, ele eu não sei mais a torcida vascaína iria morrer sem seus belos lances para prestigiar.
Contudo, uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa Comunicação, Esporte e Cultura da Univesidade Federal de Juiz de Fora comprova que os dribles não são bem quistos pelos treinadores, a alegação é que a preocupação dos comandantes é apenas com os resultados das partidas e não como os jogadores desempenham seus papeis em campo. O estudo acaba comprovando o que todos já perceberam: ultimamente, no Brasil, os times que alcançam êxito não são realizadores dos super-jogos e das belas jogadas – os dribles – contudo, quando alguns jogadores se sobressaem aos outros, imediatamente, são contratados por clubes estrangeiros, e aí adeus craques no Brasil.
Mas uma coisa é certa sem drible o nosso mar de craques estaria seco, pois ser craque, no Brasil, é sinônimo de driblar bem. Contudo, sem drible não há futebol arte. Para os amantes do futebol o drible é um elemento essencialmente necessário, portanto indispensáveis, ao brilho da paixão nacional, o nosso futebol, afinal para quem é seis vezes campeão mundial merece esse e todos os outros elementos que, com certeza, serão orquestrados por nossos futuros craques. Afinal driblar não é amoral e sim excepcional.





Um comentário:

  1. Futebol nem é bem minha praia...sem dribles ainda por cima? Concordo com vcs meninas, não tem a menor graça.

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